quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Síndrome da Carne de Vaca Eleitoral




Eu sempre gostei do agora presidente-eleito dos Estados Unidos, Barack Hussein Obama, mas gostava muito mais de Obama quando ele era um desconhecido senador do estado de Illinois, e só se falava em Hillary Clinton. Claro que o candidato a presidência saíria do Partido Democrata, John McCain, um veterano de guerra, senador assim como Obama, ou qualquer outro candidato republicano estaria fadado ao fracasso nas urnas, é a herança deixada após 8 anos de um saturado governo Bush. Por isso torcia por Barack Obama, pois sabia que se fosse o candidato democrata venceria, claro que o apelo de um presidente negro faria a campanha crescer ainda mais e tornaria a eleição histórica, eu confesso que além disso, tinha uma simpatia pelo seu irônico nome, um nome árabe, com sobrenomes que remetem aos dois maiores inimigos dos EUA, seria demais para a sucessão de George W. Bush. Mas a Obamania me irrita...

Hillary teria personalidade na Casa Branca, mas mulheres de ex-presidentes já tivemos aos montes no mundo, e todos sabemos que as administrações ficam marcadas pela sombra de seus maridos, o mesmo vale para viúvas de ex-presidentes. Algumas mulheres também governam como homens, não são mulheres que estão no poder, são machos, e muito machos, tanto quanto Edinanci Silva ou Rebecca Gusmão, como exemplos: Margareth Thatcher, Angela Merkel, Yeda Crusius (sai capeta!!!).

Mas se não haveria um (desculpa governadora) novo jeito de governar por ser a ex-primeira-dama a primeira mulher a assumir o posto mais cobiçado da América, também não haverá por Obama, e quem anseia por isso, terá uma grande frustação, o novo presidente não será muito diferente de outros, haverá mudança, palavra central de sua campanha, mas nada muito fora do habitual.

O próprio fato de um presidente negro é uma evolução natural, não um efeito isolado, o presidente Bush, por exemplo, teve dois negros fundamentais em seu mandato, os dois secretários de estado de sua administração foram de origem afro, e a Condoleezza Rice ainda somava a condição de mulher, mas isso não foi motivo para ser diferente de um homem branco conservador e bélico como o vice-presidente Richard Bruce "Dick" Cheney, já o ex-secretário e general da reserva Colin Powell, figura importante da primeira parte da admisnitração Bush, é um negro consagrado, veterano de guerra, comandante da ação militar na primeira Guerra do Golfo e um pacifista nato, foi meio como um peixe fora d'água depois de um tempo no governo Bush.

Espera-se que Obama mude a política internacional, que dê segurança para a economia, que mude a política em relação aos imigrantes, que retire as tropas do Iraque, espera-se tudo de Obama, força e apoio popular ele possui, vontade parece que também... Ele é o homem certo para as mudanças, não por ser Barack Obama, mas pelo contexto em que foi eleito. Dá pra se dizer que como em 2002 no Brasil, a "esperança venceu o medo", mas seguindo na mesma linha, agora "deixa o homem trabalhar".

4 comentários:

Willian Araújo disse...

acho que muito mais que uma alteração de partidos no poder, temos uma mudança de comportamento na Casa Branca. Obama, pelas suas propostas e perfil, trará mais segurança ao povo americano, através de políticas mais cautelosas. Isso é muito bom para o povo americano, e digamos que seja uma segurança para todo o mundo.

Mas análises a parte... fico muito feliz de ver uma nação segregacionista elegendo um presidente negro!

Cara... parabéns pelo blog!
Abraço!

Willian Araújo
www.opiniaoposta.blogspot.com

José Luis disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
José Luis disse...
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José Luis disse...

Concordo, Willian...
ele tem sim outra postura que Bush, e isso era necessário, mas talvez McCain também tivesse, jamais saberemos.

Quanto a eleição de um negro, ou mesmo a ocupação de negros em altos postos da administração federal norte-americana, creio que realmente isso seja uma evolução natural dos tempos, é bom ver uma nação que já foi o berço da Ku-klux-Klan unindo-se em torno de um afro, filho de um queniano seguidor de Maomé...