sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Bolívia faz Referendo no domingo

Quando os olhos do mundo voltam-se para o extremo oriente e aos poucos medalhas vão sendo conquistadas e heróis olímpicos vão surgindo, sem esquecer de uma ou outra notícia relacionada à censura de jornalista japonês ou prisão de estudante pró-Tibete em manifestação durante a prova de hipismo, o A Contratio dá um tempo na China e volta-se à realidade regional: o referendo na Bolívia.



Lançado pelo próprio presidente Evo Morales, o Referendo trata da sua permanência e também da manutenção dos atuais mandatos dos governadores. Para o índio-presidente é necessário que 53,74% dos bolivianos votem contrário a continuação de seu mandato, para os governadores é a maioria mínima, ou seja, 50%. A idéia do Referendo surgiu no final do ano passado durante as discussões da carta magma boliviana, e foi também, um desafio de Morales a oposição. Ainda em 2008, por base desse macanismo, quatro departamentos, incluindo o importantíssimo departamento de Santa Cruz de la Sierra, aprovaram a autonomia em relação à La Paz, enfraquecendo o poder de Morales e mostrando que os departamentos mais ricos têm certa propensão a votar contra o presidente.

Pesquisas recentes indicam que o não tem hoje 49% das intenções de votos, 4 menos que o necessário para que Morales volte a plantar coca em Chapare (coca em Chapare??? eitaaa), como prometeu caso perdesse o Referendo. Agora, só falta esperar que estripulias de populismo extremo como essa não criem dificuldades maiores para a garantia da ordem a da democracia em um país conflituoso como a Bolívia, e torço, sim, para que Morales termine seu mandado, como é de direito em um país presumivelmente democrático, mesmo considerando que o referendo é um erro e deixa a pobre Bolívia à mercê de golpes de direita e de esquerda, fantasiados de um sistema democrático.

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